LULA E ANA JÚLIA INCENTIVAM INDUSTRIA A AMPLIAR A PRODUÇÃO DE AÇO NO PAÍS

São Paulo - O crescimento do mercado interno, provocado pelo aumento do poder aquisitivo dos mais pobres, desafia a indústria brasileira do aço a ampliar a produção, já que os investimentos públicos e as políticas de distribuição de renda estão fazendo o Brasil crescer e a indústria deve acompanhar este movimento.
 
    
     No Congresso Brasileiro do Aço, Ana Júlia Carepa e o presidente Lula ressaltam o potencial do Pará para a verticalização mineral 
  
A recomendação foi feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a abertura do 21º Congresso Brasileiro do Aço & da ExpoAço 2010, nesta quarta-feira (14), no Transamérica Expo Center, em São Paulo, onde a governadora Ana Júlia Carepa representou o Pará na mesa de abertura do evento. "Este país há pouco tempo parou de produzir navios, se dizia incompetente para produzir plataformas", lembrou Lula, ao afirmar que agora o crescimento do País não pode mais ser freado. "Houve um tempo em que a gente não acreditava na possibilidade e na capacidade do mercado interno brasileiro. Houve um tempo em que a gente achava que o Brasil não era capaz de construir um mercado de massa e que, portanto, nós tínhamos que preparar nossa estrutura produtiva apenas no sentido de competir no mercado internacional', completou.

A governadora Ana Júlia Carepa reiterou a recomendação do presidente aos Estados produtores de minério de ferro, como Pará e Minas Gerais, para que verticalizem sua produção e exportem produtos acabados, e não apenas minérios. "Não podemos só extrair o minério e a riqueza no nosso Estado. Estamos há mais de 20 anos ouvindo falar da necessidade de verticalizar a produção mineral do Pará, e nosso governo agora está fazendo isso", disse ela.
 
       
      Ao lado do presidente Lula e outras autoridades, Ana Júlia Carepa visitou estandes na ExpoAço 2010
 
Crescimento - A governadora visitou os estandes da Sinobras (Siderúrgica Norte Brasil S.A) e da Companhia Vale, na Expoaço. No estande da Sinobras, Ana Júlia conversou com diretores da companhia, que produz aços longos no Pará.

O vice-presidente, Ian Corrêa, informou à governadora que o projeto Aline está se expandindo, resultado da parceria da siderúrgica com a Vale, que produzirá laminados finos de aço a partir da produção da Alpa (Aços Laminados do Pará), no município de Marabá, sudeste do Estado.

Com previsão inicial para processar 20% da produção da Alpa, a Aline pretende ampliar sua produção de 750 mil para 1 milhão de toneladas de laminados de aço. Até o momento, a previsão de investimento está em torno de R$ 1,5 bilhão. "O projeto Aline fará a laminação de boa parte da produção da Alpa, permitindo a criação de um verdadeiro polo industrial, atraindo outras empresas para a região", ressaltou Ian Corrêa.

"Vamos produzir um milhão de toneladas de aço. Outras indústrias poderão se instalar na região, como a indústria de embalagens, tubos, móveis, eletrodomésticos, ou seja, não será só a Aline ou a Alpa que vão gerar empregos, mas toda uma gama de empresas que serão atraídas por estes investimentos", complementou ele.

Polo industrial - Para a governadora Ana Júlia Carepa, "chegou a vez de o Pará crescer". "O volume de investimentos públicos e privados nos próximos quatro anos chega a R$ 100 bilhões. Temos as eclusas de Tucuruí, a hidrovia Tocantins-Araguaia, o porto de Vila do Conde sendo ampliado, a pavimentação das rodovias BR-163 (Santarém-Cuiabá) e BR-230 (Transamazônica). Com estas obras, aliadas ao investimento do Estado nos distritos industriais de Marabá, Ananindeua, Icoaraci e Barcarena, onde teremos uma zona de processamento de exportações, estamos criando as condições para a criação de um polo industrial metal-mecânico no Pará, capaz de gerar mais de 20 mil empregos. E não é algo que acontecerá um dia; está acontecendo agora", ratificou.
 
         
     A Governadora Ana Júlia Carepa integrou a mesa de abertura do Congresso Brasileiro do Aço, em São Paulo

O secretário de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Maurílio Monteiro, destacou que todos esses investimentos, federais e estaduais, configuram "um projeto de Nação". Segundo ele, as medidas tomadas pelo governo do Pará para a verticalização da produção mineral estão tornando realidade o antigo sonho de industrializar o Estado. "Isto não é um sonho, é uma realidade. Estamos construindo rapidamente algo que demorou décadas para iniciar", afirmou.

Ian Corrêa destacou o pioneirismo da Sinobras ao apostar no Pará como futuro polo industrial do aço. "Quando fizemos o projeto da Sinobras, muita gente disse que éramos loucos, por construir uma siderúrgica em Marabá. Hoje, estamos aqui com nosso estande na Expoaço", disse ele.

Para Maurílio Monteiro, "Alpa e Aline representam para o Pará o que a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) representou para o Brasil. Estamos dando uma virada na história do Pará. Ninguém mais segura o Pará", concluiu.

Secom, com informações do Gabinete da Governadora.

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