Torcidas de Remo e Paysandu querem times em ação


Seriam Leão e Papão exóticos irmãos siameses, aqueles gêmeos que estão ligados ao mesmo corpo humano? Se analisarmos a espécie dos mascotes da dupla mais famosa do futebol do Norte do país, seria impossível. Mas se na hora dessa fusão for posta em conta a “valorização do futebol paraense”, ela é totalmente aceitável. Pelo menos é o que dizem os dirigentes.
Ao longo dessa semana, a diretoria azulina, por meio de Ronaldo Passarinho, vice-presidente jurídico do clube, e do próprio presidente Sérgio Cabeça, declararam que pretendem fazer uma espécie de pacto com os bicolores. O objetivo da união é um Re-Pa na final do Campeonato Paraense 2012. Há seis anos o confronto não marca a decisão do certame local. “Não será uma forma de favorecimento do Clube do Remo e nem do Paysandu. Mas sim a valorização do futebol paraense”, garante o presidente Cabeça.
Não apenas isso. A possível parceria entre as duas agremiações visa voos mais altos. “Faz muito tempo que estamos fora do âmbito nacional e isso não é bom para nenhum dos dois clubes. Estamos de portas abertas para esta conversa, até porque temos uma amizade extracampo, que vai além da rivalidade dos gramados”, coloca Toninho Assef, vice-presidente do Paysandu Sport Club.
Mesmo ainda não havendo nenhuma conversa formal entre azulinos e bicolores, a inusitada união divide opinião entre os torcedores. “Se for apenas para fazer uma imagem bonita no Parazão e não se preocupar com planejamento e o Campeonato Brasileiro, essa parceria não tem muita importância”, é o que acredita o produtor cultural bicolor, Márcio Cruz, 30 anos. Para ele, mais importante que esse discurso é ver as duas equipes montando equipes competitivas que ofereçam prazer aos torcedores na hora de ir ao estádio. “É melhor que cada um se planeje pra fazer o público voltar ao estádio pelo bom futebol, não por clássicos do passado. Não adianta forçar clássicos com times medíocres. Se for dessa forma, até mesmo de graça a torcida não vai”, considera.
Para o advogado Adilson Verçosa, torcedor fanático pelas cores do Leão, a união é válida pela questão financeira. “Como os dois titãs do futebol paraense estão de ‘caixa baixa’, essa proposta é válida. Esse ano os clubes não tiveram lucro. A final entre Independente e Paysandu não lotou o estádio, como ocorre em um clássico entre Remo e Paysandu”

+ Lidas da Semana

Revista divulga times dos principais jornalistas esportivos !!

Dilma politizou mulheres que não gostam de política, no programa da Ana Maria Braga

Listão completo dos aprovados da UFPA