Eleição de Dilma Rousseff será quebra de paradigma, afirmam petistas.

O Partido dos Trabalhadores tem quebrado vários paradigmas ao longo de seus 30 anos de existência. Um deles foi a eleição de um operário e líder sindical para presidir o Brasil. A indicação de uma mulher como pré-candidata na disputa eleitoral de 2010 vai ser outro paradigma a ser quebrado pelo PT. Esta é a avaliação de vários petistas presentes ao IV Congresso do Partido dos Trabalhadores que acontece nesta semana, em Brasília. Os 1.350 delegados do encontro vão aclamar neste sábado (20) a pré-candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff à sucessão do presidente Lula.
Para o líder do PT na Câmara, deputado Fernando Ferro (PT-PE), o lançamento de uma mulher candidata à Presidência da República terá repercussão na história política do país. "Essa iniciativa quebra a tradição de presença dos homens no comando da política brasileira". O parlamentar lembrou que Dilma chegou a esse posto pelo desempenho que teve no governo Lula, pela capacidade administrativa e pelo ritmo que imprimiu na gestão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Ela será aclamada neste encontro por conta do reconhecimento, da seriedade do trabalho e competência à frente da Casa Civil do governo".
Na opinião do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (SP), a aclamação da ministra Dilma Rousseff como pré-candidata deve ser motivo de orgulho para todos os petistas. "A ministra Dilma está preparada não só a representar as mulheres, mas também o legado do governo do presidente Lula. Ela é a pessoa que mais se capacitou para isso. Foi a pessoa que esteve nos momentos decisivos do governo e por isso está apta a dar continuidade ao nosso projeto. Vamos eleger a ministra Dilma não só por ela ser mulher, mas por tudo que ela representa para o nosso país", disse.
O presidente do PT, ex senador José Eduardo Dutra (SE), enfatizou o papel histórico do partido em produzir fatos inéditos na política do país. "Em uma atividade preconceituosa como é a política, eleger um retirante nordestino, sindicalista e líder operário presidente da República foi um grande feito do PT e seus aliados. Agora temos a certeza que vamos conquistar outro fato inédito para os brasileiros que é eleger a primeira mulher presidente do Brasil, a ministra Dilma Rousseff. Ela tem recebido muito carinho de toda militância e o IV Congresso vai reproduzir esse sentimento ao aclamar e ovacionar a futura presidenta da Brasil", afirmou.
Para o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), a escolha do nome da ministra pelo PT representou um passo significativo. "Para o Brasil isso é um avanço, não só por ela ser mulher, mas pelo destaque que teve no governo Lula. A Dilma é a única que pode consolidar as conquistas sociais, políticas e econômicas para o Brasil que o governo Lula representa".
O ex presidente do partido, deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), disse que a indicação e aclamação de Dilma Rousseff é um fato significante para democracia brasileira. "O nome da Dilma significa uma plataforma inovadora, que consagra os avanços do governo Lula e aponta novos desafios para o país sob a liderança de uma mulher que lutou contra a ditadura e construiu uma trajetória profissional brilhante", enfatizou.
Berzoini lembrou que faz 10 anos que Dilma entrou no PT e, nesse período, se incorporou ao partido e assumiu com solidariedade e lealdade as bandeiras do partido. "A Dilma vai dar muito orgulho para as mulheres do Brasil", ressaltou o deputado.
Na avaliação do deputado Pedro Wilson (PT-GO) o PT agrega conquistas ao longo dos 30 anos de história. "O partido inova ao estabelecer possibilidade de, pela primeira vez, uma mulher ser candidata à Presidência da República com chances reais de vitória. A candidatura de Dilma Rousseff significa que o PT faz do Brasil a sua bandeira e uma das bandeiras que temos no Brasil é a participação da mulher na vida política brasileira".
Para o deputado Paulo Rocha (PT-PA) o nascimento do PT proporcionou mudanças essenciais na vida política. "Desde o início fizemos políticas diferentes e com muitos desafios. Nós mostramos que um simples operário com a participação do povo pode governar. A aclamação do nome de Dilma Rousseff significa que o conjunto da militância entendeu que o nosso próximo desafio é eleger a primeira mulher presidente do país".
Para o deputado Nazareno Fonteles (PT-PI) as inovações promovidas pelo PT sempre foram motivo de orgulho. Para ele a escolha de Dilma tem como base a história de luta da ministra. "A competência na gestão de cargos tão importantes tem merecido toda a confiança da militância petista e essa confiança tem crescido cada vez mais. As pesquisas têm mostrado a simpatia do povo por ela. Esta aclamação é a confirmação do desejo de toda a militância petista e da maioria da população brasileira".
O deputado Geraldo Simões (PT-BA) lembra que o referendo ao nome de Dilma é importante para o PT e para o Brasil. "Primeiro elegemos um operário presidente e agora o nosso desafio é eleger uma mulher que se destacou no governo. Uma grande administradora, uma grande ministra que contribuiu muito com o presidente Lula para levar o Brasil à situação positiva que está hoje".
O deputado José Guimarães (PT-CE) destacou a unidade interna conseguida em torno do nome da ministra. "Nós conseguimos ampla unidade partidária ao nome da Dilma em função do que ela representa do ponto de vista do governo. Ela é o sucesso do Governo como gerente dos principais programas do governo. Além disso, pela primeira vez nós temos a chance de eleger a primeira mulher para presidir o Brasil. Para dar continuidade aos avanços do governo Lula e garantir o nosso sonho de transformação da sociedade brasileira".
Para o deputado José Genoino (PT-SP) a aclamação de Dilma Rousseff representa um momento de interação entre as histórias do PT e da ministra. "Há uma interação muito grande entre a história do PT e a história da Dilma. Pelo papel que ela desempenhou no Governo Lula. Esta é uma aclamação que tem uma conseqüência e uma consistência natural. Esta será uma eleição muito disputada mas temos a chance de ganhar e quebrar um dogma. Como quebramos com Lula, vamos quebrar novamente elegendo a Dilma presidente".

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