Roger Agneli deve sair do comando da Companhia Vale do Rio Doce

A cúpula da Vale estuda estratégia para que saída de Roger Agnelli não traga prejuízos
O presidente teria reiterado a intenção de persistir em campanha por sua permanência no cargo


O mandato de Agnelli, que terminaria em abril, foi prorrogado no ano passado, por meio de acordoA eventual substituição de Roger Agnelli na presidência da Vale não será referendada na Assembleia Geral Ordinária de acionistas da empresa marcada para 19 de abril.

O assunto não consta na pauta e, depois do vazamento do encontro entre Guido Mantega com o presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Lázaro Brandão, noticiado pelo "Estado", os acionistas da mineradora discutem a melhor estratégia para a mudança no comando sem maiores prejuízos à empresa.

Na terça-feira (22), o mercado recebeu mal a notícia do encontro ocorrido na sexta-feira (18) e as ações da mineradora fecharam em queda na Bovespa.
Ontem (23), dia em que foi anunciado o convite para que o ministro compareça à Câmara, as ações fecharam em alta de 1,48% (PN) e 1,50% (ON), bem acima dos 0,32% do Ibovespa.

Para interlocutores, Agnelli teria reiterado a intenção de persistir em campanha por sua permanência no cargo. "Enquanto puder, ele vai continuar", diz uma fonte.

Os controladores da Vale - Bradesco, Previ, BNDESPar e Mitsui - ainda não chegaram a um consenso sobre o nome do substituto. Tentam uma solução que contemple uma transição tranquila para o mercado.

O mandato de Agnelli, que terminaria em abril, foi prorrogado no ano passado, por meio de acordo. Mas esses termos não são vistos como empecilho. A vigência poderia ser dada por encerrada e cumpridas as cláusulas sem maiores consequências.
Por Blog do Noblat em 24/03/2011

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