Casos de dengue no Pará já se aproximam dos 5 mil.
O boletim semanal com o quadro epidemiológico da dengue em todo o Estado, divulgado ontem pela Coordenação de Vigilância em Saúde da Sespa (Secretaria de Estado de Saúde Pública), informa que houve 4.484 casos da doença entre 1º de janeiro e 12 de fevereiro. A Sespa informa que a série histórica dos últimos dez anos indica que os números estão no padrão esperado, entre a média e o limite superior.
O boletim também aponta queda no número de óbitos, já que não houve notificação na última semana, mas a Sespa investiga nove mortes suspeitas em Belém, em Castanhal, em Tucuruí e em Marabá, das quais uma foi confirmada e outra descartada.
Os municípios com mais casos de dengue notificados são Belém (596), Santarém (321), Novo Progresso (309), Parauapebas (243), Altamira (227) e São Félix do Xingu (217). Dados da Sesma (Secretaria Municipal de Saúde) mostram que em Belém, de 1º a 16 de fevereiro foram oficializadas 128 notificações, mas nenhuma foi confirmada para a dengue.
De acordo com a Sespa, foram confirmados 469 casos em 13 municípios do Estado. Os que apresentam mais casos confirmados são Altamira (139), Novo Progresso (126) e Tucuruí (122). Até ontem foram internados 150 pacientes com complicações decorrentes de casos suspeitos e seis continuam sob avaliação médica.
A notificação em tempo hábil permite que a Vigilância Epidemiológica execute ações de controle vetorial nos mais vulneráveis, a partir das notificações de casos suspeitos e não confirmados. Os municípios têm sido orientados a identificar os bairros e ruas com ocorrências para combater os focos de Aedes Aegypti.
Sob orientação do Ministério da Saúde, a Coordenação Estadual de Controle da Dengue pede aos municípios que informem em 24h a ocorrência de casos graves ou suspeita de óbitos por dengue. O objetivo fazer o bloqueio vetorial na área e evitar mais pessoas doentes.
Para minimizar os riscos de uma epidemia faz-se avaliação epidemiológica semanal dos municípios e apoia-se a vigilância epidemiológica; organização da rotina para coleta de amostras e monitoramento da circulação viral; participação na organização da rede assistencial dos 143 municípios para prevenção, suspeição, diagnóstico e manejo clínico de casos de dengue; supervisão, monitoramento e avaliação das ações de prevenção e controle vetorial; e implementação do Plano de Mobilização Social nos 77 municípios de risco ou alto risco de epidemia.