Gurgel diz não haver indícios de irregularidades contra Lupi

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta terça-feira (8) que ainda não há qualquer indício de irregularidade contra o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, nas denúncias de pagamento de propina envolvendo a pasta.
Reportagem da revista "Veja" desta semana afirma que três servidores e ex-servidores do Ministério do Trabalho estavam envolvidos num esquema de cobrança de propinas que revertia recursos para o caixa do PDT, partido de Lupi, afastado temporariamente da presidência da sigla por ser ministro.

"Por enquanto, os elementos dizem respeito a irregularidades em programas do Ministério do Trabalho, mas não apontam, pelo menos neste primeiro momento, o envolvimento direto do ministro", disse o procurador, no intervalo de uma sessão do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
Segundo Gurgel, se não aparecerem provas contra o ministro, o processo deverá ser encaminhado à Procuradoria da República no Distrito Federal.
Parlamentares do PDT, partido do ministro, protocolaram nesta hoje na Procuradoria-Geral da República pedido para que as irregularidades sejam investigadas.

Gurgel admitiu, no entanto, que o caso pode ficar na Procuradoria-Geral da República se forem confirmadas as denúncias contra o ex-assessor especial do ministério Weverton Rocha, que hoje é deputado federal pelo PDT do Maranhão. "Se houver envolvimento de parlamentar, sem dúvida fixa-se a competência do Supremo Tribunal Federal e a atribuição da PGR. Isso é o que temos que ver após o exame das matérias que estão sendo reunidas."

De acordo com Gurgel, o Ministério Público ainda está em uma fase muito inicial de apuração e não há prazo para chegar a uma conclusão sobre a veracidade dos indícios de crime. "Ontem o ministro me encaminhou um pedido facultando o mais amplo acesso a tudo no Ministério do Trabalho e se dizendo o primeiro interessado no sentido de apurar se há irregularidades", disse o procurador.
Gurgel disse ainda que não há na PGR qualquer outra investigação em curso relacionada ao Ministério do Trabalho. "Agora pode existir alguma coisa no âmbito da Procuradoria no Distrito Federal ou qualquer outra unidade", afirmou.

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