12 de junho - Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil.

No Brasil, dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE mostram que o país possui hoje cerca de um milhão e meio de crianças e adolescentes exploradas no trabalho no campo. A maior concentração é no Nordeste. Mas foram o Sul e o Centro-Oeste que apresentaram maior crescimento. A população de crianças no trabalho cresceu, por exemplo, 1,2 ponto percentual em Santa Catarina, que tem forte tradição em agricultura familiar.
Dia 12 de junho, uma data importante para a cidadania mundial, quando é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil. Recentes dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostram que ainda há muito trabalho a ser feito, especialmente no meio rural.
Dados da OIT indicam que 70% do trabalho infantil no mundo está concentrado no setor agrícola e tem entre 5 e 14 anos. Meninos e meninas que são explorados em atividades de cultivo de cereais, cacau, café, frutas, açúcar, soja, arroz, chá, tabaco e vegetais, além da criação de gado e na produção de materiais como algodão e seusderivados.
No Brasil, dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE mostram que o país possui hoje cerca de um milhão e meio de crianças e adolescentes exploradas no trabalho no campo. A maior concentração é no Nordeste. Mas foram o Sul e o Centro-Oeste que apresentaram maior crescimento. A população de crianças no trabalho cresceu, por exemplo, 1,2 ponto percentual em Santa Catarina, que tem forte tradição em agricultura familiar.
De acordo com o levantamento, o trabalho infantil cresceu 10,3%, na faixa etária de cinco a 14 anos, em 2005,comparado a 2004. O crescimento foi influenciado pelo aumento da mão-de-obra infanto-juvenil relacionada à subsistência e atividades não remuneradas tipicamente agrícolas. Segundo o IBGE, uma das possíveis causas é a crise da agricultura, principalmente no Sul.
Para o presidente da Anamatra, Cláudio José Montesso, um dos grandes entraves ao combate é o preconceito arraigado na nossa sociedade, de que é melhor a criança trabalhar do que estar nas ruas. "Trata-se de um falso argumento, já que o que se deve assegurar é o direito à educação e à formação da sua personalidade. A permanênciadessa cultura equivocada provoca a perpetuação do ciclo de pobreza que aprisiona as famílias", afirma.
O trabalho infantil no meio rural põe em risco a vida de meninos e meninas, sua integridade física, saúde e bem-estar. Os perigos são diversos, incluindo a manipulação e aplicação de pesticidas tóxicos, o uso de ferramentas afiadas, a operação de veículos e maquinário pesado e jornadas de larga duração.
Para a OIT, que desenvolve o Programa pela Eliminação do Trabalho Infantil (IPEC) no Brasil "Todo o trabalho das crianças na agricultura é necessariamente prejudicial e deve ser eliminado, de acordo com os Convênios 138 e 182".

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