QUARTA-FEIRA, 1 DE SETEMBRO DE 2010

Depois da onda sobre presidenciáveis, o IBOPE também faz lare-lare no Pará?



Pesquisador paraense, da DOXA, Dornélio Silva (à sua direita), levanta a dúvida:

O IBOPE já fez e faz história no Pará (não louvável). Vamos contar essas histórias em outro momento. Hoje, detemo-nos na pesquisa impugnada-liberada-divulgada. Primeiramente vamos olhar a amostragem: 812 entrevistas que daria uma margem de erro de 3%. Pelos cálculos estatísticos essa amostragem daria 3,5% de margem de erro.

Para se conseguir os 3% que ele registrou, IBOPE teria que entrevistar 1200 pessoas no Estado. Outro fator: margem de erro acima de 3% é dar margem e gordura para mexidas. Hoje, os institutos aprimoraram suas coletas e metodologias e trabalham com margem de erro entre 2% e 2,5%.

Por que IBOPE insiste em colocar acima de 3%? Em se tratando do plano amostral adotado pelo IBOPE: ele diz que fez a coleta de dados em 39 cidades do estado Pará, apresenta ao Tribunal apenas uma listagem com as cidades e o quantitativo de entrevistas em cada cidade. Diz, também, que distribuiu a amostra nas seis mesorregiões. Mas não mostra o peso eleitoral de cada mesorregião.

Então vamos nos ater ao que é mostrado. Dos 39 municípios que ele diz que pesquisou, 31 tiveram a amostra igual, isto é 14 entrevistas foram aplicadas, independente do tamanho do município. Apenas para ilustrar: no município de Redenção que tem 48.652 eleitores foram entrevistadas 14 pessoas; em Pau D´Arco que tem 5.678 eleitores foram entrevistadas, também, 14 pessoas.

Veja a desproporção tamanha. Outro ato falho: a região sudoeste do Pará que tem como principal município Altamira, com 59.185 eleitores, ficou de fora da amostra. A pesquisa de opinião é (e deve ser mesmo) uma fotografia da realidade.

Leia a análise completa neste endereço:

Imagens:www.jota7.com/brasil/1685/pesquisa_ibope / e blog Jota Ninos

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